segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Escada Poética e Obras Artísticas...

Esse poema "Escada Poética" foi criado a partir de frases de vários poemas do livro, impressas nos degraus da escada da Livraria e Editora Multifoco, como uma instalação para o lançamento do livro em janeiro de 2009. Tornando-se um novo poema. A ideia no lançamento era ter várias obras, criadas a partir dos poemas do livro por vários artistas diferentes e em vários formatos, expostas ao público. E assim fizemos. A "Escada Poética" foi idealizada por mim e executada lindamente pelas mãos e sensibilidade do Artista Claudio Partes, o mesmo que fez a capa do meu livro e também expôs a sua leitura do poema "Alfaiate de Asas" em um lindo quadro. A Artista Chris Borzino expôs a sua obra em forma de luminária, a partir de sua leitura do Poema "Abraçadas pela Poesia". O Artista Luiz Adrien fez uma linda aquarela a partir do poema "Vento Encaracolado". E a Artista Denise Reis apresentou pela primeira vez, inclusive para mim, a canção que fez em parceria comigo "Festa da Felicidade", poema presente no livro, mas levemente modificado em forma de canção e que em maio de 2009 nos deu mais um lindo presente ao ser apresentada para o Dalai Lama em show em homenagem a ele nos Estados Unidos.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

ESCADA POÉTICA

Abro o livro guardado na estante
Não sei se vim pra contar
nestas linhas invertidas
Sou uma artesã do tempo
Esculpo o meu futuro em agoras
Sempre fui infância e risos
mesmo quando do choro a canção se fez
Calma inquieta
Brancura escura
No meu caminho bordado a rosas
encontro iguais
Pegadas de alcova nos degraus da igreja
Talvez eu te conte nestes versos
as incertezas que eu trago
Às vezes é possível vestir palavras
Outras vezes só o silêncio nu
Entre linhas apagadas
um destino se refaz
peço desculpas ao leitor que não sofre
Sou a fornecedora
entregando as pétalas das teclas
A nau segue por suas veias
Tingindo-as de céu estrelado
A aventura é toda esta fase
de frase a se desenhar!

VERSOS NINFOS

Sento a beira do caminho
Como quem rega uma rosa e seus espinhos,
Contemplo cada pegada trilhada
Numa estrada em marcha ré.
Onde a curva me levava ao infinito?
Lembro teu rosto e a melodia doce
Que entoava um mistério...
Passeio entre falsas pistas,
Sopro a poeira de tuas crinas,
Abro o livro guardado na estante:
Meu nome indica uma chegada.
Chove nesse dia quente
Onde minha cabeça entorpecida
Se mareia nas lembranças.
Sem sentido teu abraço me envolve
E era vazia a tua presença.
Não sei se vim pra contar
Ou omitir nestas linhas invertidas,
Mas agora choro sem saber por quê.
Você é a desculpa de sal que acaricia minha fronte
Mas a fonte de meus versos é bem mais antiga.
Se me perco ou me encontro, perdão é o que peço,
Minha língua ainda é ninfa neste chão...

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

QUEBRANTO

E se desfaz o quebranto na hora nova
E o que era a prova se esvaece frente aos olhos fatigados
Poucos relatos no silêncio desse instante
Nada que perturbe a despedida deste sonho

Entre linhas apagadas um destino se refaz
Na escura noite desse dia uma estrela acende seu farol
No mar esverdeado de tristezas a sereia bebe água
Sobre a mesa um livro inacabado pede realização

Entre estátuas os corpos pedem dança
E numa escada uma criança sorri o futuro
(Logo ali no andar de cima...)
Um gato preto me traz sorte e um novo norte

No travesseiro os sonhos me enlaçam
Abraçam, me enchem de sol, ocupando meus pensamentos
De desejos e esperanças quentes

O amarelo, o laranja, o lilás,
Molham-me o corpo, em nascer um novo dia
Agradeço à Deus, aos berros, esse mágico momento
E no vento a certeza da vitória.

Essa é só uma parte da minha história...