Mãos de avó nos cabelos da neta
Rua sem saída
Mas com entrada certa
Janelas, Mesbla, brinquedos, festa
Aconchego nas retinas
Da menina
Que agora adulta
Ensurdece o presente
Pra cantar sua
Boa infância
Nas lembranças que não
Sossegam
Dentro dela Tijuca é
Rio, manso mar de
Amor morar
Estrada-afeto sem vazio
Estação Verão-Calor
No parente gesto amor
Tradição no cheiro familiar
Bairro bom de brincar
Te entrego minha melhor relíquia
A garota que fui
É quem me devolve
Hoje ao teu remanso
Tijuca no meu sangue
É pirulito de criança...
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
YEMANJÁ, EM TODA A SUA CONCRETUDE DE ESPUMA DO MAR
Penso que a entidade
levou a flor
que eu estava com medo
de ofertar.
Penso que ela aceitou minha humilde oferenda
e veio beijar minhas mãos, em agradecimento,
levando as pétalas.
Foi um pacto entre espíritos,
à surdina,
como quem compra drogas ou troca vícios,
só olhares e os dedos entrelaçados.
Penso que o espírito saiu do mar,
leve,
e veio buscar aquilo
que eu tive medo de lhe entregar.
Ou talvez tenha sido a flor
que, Maria, sem vergonha,
se atirou nos braços do mar.
Ah! Yemanjá!
Perdão pela minha timidez.
O mundo todo parecia ouvir os meus anseios
e fiquei muda, assustada, como se fosse uma ofensa,
como se eu estivesse visada.
Mas por dentro o coração era sincero,
e a intenção me fez levar a flor
e pisar a areia quente de verão.
Oh! Perdão ao fraquejar
no pedido mais importante: Um grande amor!
Só entre estas linhas te posso confessar
o quanto quero oferecer e dar.
Ah! Aceite meus brotos como possíveis flores marinhas!
Meus pés lambidos pela tua suavidade de mar
e minha mão num discreto cumprimento
Foi o que consegui lhe doar.
Mas, por dentro,
o desejo salgado de me molhar,
mergulhar, afundar, neste mar de proteção,
Espumar com suas ondas de sensualidade.
No fundo o desejo de nadar
e te entregar, pessoalmente,
a mais linda rosa vermelha
Que alguém poderia lhe dar.
SALVE RAINHA!
E obrigada por ter vindo buscar...
levou a flor
que eu estava com medo
de ofertar.
Penso que ela aceitou minha humilde oferenda
e veio beijar minhas mãos, em agradecimento,
levando as pétalas.
Foi um pacto entre espíritos,
à surdina,
como quem compra drogas ou troca vícios,
só olhares e os dedos entrelaçados.
Penso que o espírito saiu do mar,
leve,
e veio buscar aquilo
que eu tive medo de lhe entregar.
Ou talvez tenha sido a flor
que, Maria, sem vergonha,
se atirou nos braços do mar.
Ah! Yemanjá!
Perdão pela minha timidez.
O mundo todo parecia ouvir os meus anseios
e fiquei muda, assustada, como se fosse uma ofensa,
como se eu estivesse visada.
Mas por dentro o coração era sincero,
e a intenção me fez levar a flor
e pisar a areia quente de verão.
Oh! Perdão ao fraquejar
no pedido mais importante: Um grande amor!
Só entre estas linhas te posso confessar
o quanto quero oferecer e dar.
Ah! Aceite meus brotos como possíveis flores marinhas!
Meus pés lambidos pela tua suavidade de mar
e minha mão num discreto cumprimento
Foi o que consegui lhe doar.
Mas, por dentro,
o desejo salgado de me molhar,
mergulhar, afundar, neste mar de proteção,
Espumar com suas ondas de sensualidade.
No fundo o desejo de nadar
e te entregar, pessoalmente,
a mais linda rosa vermelha
Que alguém poderia lhe dar.
SALVE RAINHA!
E obrigada por ter vindo buscar...
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