terça-feira, 27 de abril de 2010

QUE MALVADA!

Contei à insônia
Os desejos da tarde.
Ela sorriu zombeteira,
Depois me prendeu à cadeira,
Curiosa por detalhes...

Essa insônia é malvada!
Ri, fazendo piada,
De minhas profundas olheiras...
Baixo os olhos sorrindo
E conto nos dedos os segredos
Que ainda estão por vir...

Ela conhece todos, a esperta!
Me olha nos olhos em confabulação atrevida.
Que menina danada!
Não lhe posso ocultar nada!

-Então lhe trago bem pertinho de mim.
Com a mão prendo o coração dela ao meu.
Escuto seus passinhos se alojando e sentando.
Caminho feliz ao seu encontro.
Amo-te só ao te olhar.
Você despe sua alma dentro da minha
E me convida a sonhar.
Abro os olhos e eles já estavam abertos...
Agora sempre abertos...
E a insônia cai tra trás de tanto rir!